A procura
a noite descia lenta
seu véu jogou sobre a terra
eu no meu quarto acordada
sentada pensando nela.
depois de tanto chorar
a madrugada chegou
um galo com seu cantar
a alvorada anunciou
sai a te procurar
de ti não vi nem sinal
uma mãe não quer pensar
que um filho foi desleal
continuei à procura
sentindo um calafrio
não tendo mais onde olhar
fui ver nas águas do rio
eu sofri tanto por ti
por sua deslealdade
que até o semblante mudei
pareço ter mais idade
não esquecerei jamais
aquela triste alvorada
que descobri com desgosto
que o que fiz não valeu nada.
LucinaM.Duarte
27/10/06