O QUE SOU?
O amor feneceu
Num crepúsculo triste
Um calafrio súbito e dorido
Meu coração esmoreceu…
Liberto lágrimas de angústia
Que gotejam como um caudal
Gravam sulcos no meu rosto
Soando como cristal …
Olhos nos rios
Que correm melancólicos
Para o mar do silencio
Meu sonho fica suspenso
Na crista da onda
E ergue-se até aos astros
Num grito imenso…
Quebram-se
As energias da alma
E coloco-a
Na flexível haste da arvore
Onde as folhas moribundas estremecem…
E na trama da vida triste
O culto das palavras não existe
Não me inflamo mais de amor
O homem é como um abismo
Jamais!!!...
Submissa ao tacto
Sorrisos que aquecem corações
Cálidas carícias vibrantes
Fantasias excitantes
Intensas paixões
Emoção na flor fascinante
Jamais!!! …
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