O QUE SOU?

O amor feneceu

Num crepúsculo triste

Um calafrio súbito e dorido

Meu coração esmoreceu…

Liberto lágrimas de angústia

Que gotejam como um caudal

Gravam sulcos no meu rosto

Soando como cristal …

Olhos nos rios

Que correm melancólicos

Para o mar do silencio

Meu sonho fica suspenso

Na crista da onda

E ergue-se até aos astros

Num grito imenso…

Quebram-se

As energias da alma

E coloco-a

Na flexível haste da arvore

Onde as folhas moribundas estremecem…

E na trama da vida triste

O culto das palavras não existe

Não me inflamo mais de amor

O homem é como um abismo

Jamais!!!...

Submissa ao tacto

Sorrisos que aquecem corações

Cálidas carícias vibrantes

Fantasias excitantes

Intensas paixões

Emoção na flor fascinante

Jamais!!! …

©

Lia Pansy
Enviado por Lia Pansy em 07/11/2006
Reeditado em 07/11/2006
Código do texto: T284447