Colheita maldita

Triste plantar sementes do amor,

Na esperança de algo bom brotar,

Pra colher algo lindo como uma flor,

Fazendo jus ao ato de plantar.

Às vezes a terra não reconhece a boa semente,

Brotando a raiz da ingratidão,

Desenvolvendo-se uma planta serpente,

Devorando o singelo coração.

Oh, terra mal agradecida!

Que és adocicada com o mel do amor,

Que com fel e espinhos cria feridas,

Matando seu próprio plantador.

Não adianta virar praga para a plantação,

Deixe que dela o tempo cuidará,

O ideal é reunir as sementes com emoção,

Para em outra terra plantar.

Nas terras em que cuidarmos,

Temos que saber viver,

Pois nem sempre o que plantarmos,

Isso também iremos colher.

Flavio Mariano
Enviado por Flavio Mariano em 21/05/2011
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