Hora de Partir ...
Me lanço no ar....
É a primeira vez que vou voar!
Não entendo a paisagem...
Apenas sinto o cheiro da fumaça,
que se esvai...sumindo
sobre céus de ferrovias...
caminhos perdidos, repletos de trilhas ...
onde jamais pensei estar!
que se esvai...sumindo
sobre céus de ferrovias...
caminhos perdidos, repletos de trilhas ...
onde jamais pensei estar!
Intenso aperto em meu peito...
Desfeito é o leito, onde adormeci
sorrindo ...sonhei e acordei chorando!
sorrindo ...sonhei e acordei chorando!
Vivi tantos feitos...
Me assustei com temporais!
Brinquei carnavais...
Brinquei carnavais...
Encontrei alegrias...remoí tristezas...
Jurei tantas vezes que não voltava
mais...
mais...
Formei, eduquei, criei estilos...
Comemorei teu sorriso ...
Ignorei meus defeitos... e te esperei
noites inteiras, em todas as janelas
que eu podia abrir...para te achar!
Comemorei teu sorriso ...
Ignorei meus defeitos... e te esperei
noites inteiras, em todas as janelas
que eu podia abrir...para te achar!
Tenho que partir agora!
Abandonar meu porto!
Abandonar meu porto!
Levantar âncora, por tanto tempo
fincada, estática,retida,
a permitir contra ou a favor da
correnteza,o milagroso passar da vida, entre os encantos e os mistérios
do mar traiçoeiro!
fincada, estática,retida,
a permitir contra ou a favor da
correnteza,o milagroso passar da vida, entre os encantos e os mistérios
do mar traiçoeiro!
Em planos insólitos...
tento te encontrar...
tento te encontrar...
Altas horas te sinto presente...
certeza inconsistente...
certeza inconsistente...
Passas correndo,num sopro de vento,
sem que eu possa sequer reparar
o semblante que agora ostentas!
sem que eu possa sequer reparar
o semblante que agora ostentas!
Meus pensamentos rondam momentos
decantados...fragmentados no tempo!
decantados...fragmentados no tempo!
Expulso a realidade!
Toda vez que ela bate,finjo demente
que não é verdade...
Toda vez que ela bate,finjo demente
que não é verdade...
Tudo em volta se dissolve e fujo
da meditação,que insiste afrontar-me,
crua e nua,"dedo em riste"
a apontar-me altos muros!!!
da meditação,que insiste afrontar-me,
crua e nua,"dedo em riste"
a apontar-me altos muros!!!
Triste e medrosa conquista!
Mariapaz