Érato seria?

Na ponta dos pés, a bailarina

Na corda bamba, o equilibrista

Na poesia de amor, Érato

Assim, supunha-se...

Na inspiração poética,

Luz!

Nas entrelinhas ou rimas,

A luzir entre pontos e vírgulas,

Os versos do poeta encandeceria...

Ah, poeta, leu seus versos

Palavra por palavra, releu

E envaidecida, jurou:

Sua musa sou eu!

Seria pois, sua Érato?

Ah, sim seria!

Falava dos seus olhos,

Das Luas e das noites suas

Poetizava sobre seus mistérios, etéreos...

Então sonhou...

Sonhou que o poeta a amaria

Entregou-se aos seus devaneios todos

E aos desejos tolos que jamais aconteceriam...

A noite acabou, a palavra evanesceu

O sonho acordou, a musa chorou e o poeta não viu...

Gelci Agne
Enviado por Gelci Agne em 29/06/2011
Reeditado em 01/07/2011
Código do texto: T3065399
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