Sutil Carinho
A tua boca infeliz e inocente
Que me faz companhia intensa
Tua lágrima de uma tristeza fiel
A tua boca infeliz e inocente
Que me despreza e dispensa
As tuas maravilhosas sinuosidades
Que faz me adejar
Entre os claros domínios celestes
As tuas sinuosidades insolentes
Aquelas que me vem acalentar
Teu grito sereno
Pulsante como sangue arterial
Teu corpo carregado em mistério
Mostra qualquer hábito de tristeza
Revela-me o sofrimento inabitual
Meu sono inerte
Descobre o silêncio de teu cuidar
Contínuo de quando em vez
Quando nada vejo, nada interrompe
O meu sentimento ávido a rutilar
Relegando o que passou
A tua boca infeliz e inocente
Diz-me o que não sente
Com um sutil carinho
A tua boca infeliz e inocente
Que me despreza e se ressente.