Ipsis Verbis...

E sempre serei anonimato,

Ainda que me guie como bicho do mato

Trilhando caminhos adversos a Deus,

Finjindo orações aos Ceus.

E sempre serei anonimato,

Ainda que sejam os homens o meu manto

Das minhas mil perdições,

E as senhoras as minhas paixões.

Mas sempre serei anonimato,

O desespero de um dia sem canto,

O nascimento que o Senhor aprovou

E o mundo vil desaprovou .

Eu sou anonimato,

Sou aquele automato,

Do carnal e do passional,

Do mesquinho e do irracional

Que se guia pela tangente do emocional.

Eu sempre serei anonimato,

No seu sentido mais lato,

Do lado menos abstrato,

Sou aquele ser anónimo,

Sou o poeta sem Pseudónimo.

DerAlter
Enviado por DerAlter em 19/12/2006
Código do texto: T322292