Quase impossível
É difícil... É quase impossível entender...
A ternura vira indiferença; o afeto se transforma em desafeto;
A preocupação exacerbada se rompeu, está quebrada.
O pacto de amor eterno agora é apenas um facto trocado por um sentimento frio; da distância, subalterno, pois quem fala alto agora é uma nova atitude que em nada se identifica com a nossa paz e a nossa quietude.
É difícil, é quase impossível entender que todas as juras caíram no esquecimento como algo que despenca, e já sem a sua blindagem dura se esfacela, se dissolve, desaparecem como prisioneiros em fuga de uma cela.
O que fazer de um coração não que sabe mais como apela? Que se exaure em múltiplas tentativas de alterar o quadro grotesco que insiste em ser pintado numa tela onde deveria figurar apenas o meu grande e eterno amor que insiste em ser só dela?
Céus de Natal-RN, 29/09/2011 22:45h