Morri?!

Morri?!

Porque matas a mulher

Oh! Pessoa insensível?

Porque me relegas ao pó da estrada?

Eu não tenho culpa, eu não fiz nada!

Devolve a minha forma feminina!

Não me deixes ao relento, ao léo...

Eu vi em ti um anjo do céu...

Mas descobri que és mortal

E te arrastas por desejos outros...

Por belas formas, cheiros bons

Como qualquer animal!

Travestiste o sentimento que existe,

Em divino, quando é humano,

Corriqueiro, quiçá vulgar,

Mas é normal!

Porque as juras de amor,

Se todas evaporam

Ao primeiro calor?

Porque queres me fazer crer,

Que não me mataste em ti,

Que ainda persiste um sentimento,

Quando eu sei, que dentro de ti,

Já morri!...

Joselma de Vasconcelos Mendes
Enviado por Joselma de Vasconcelos Mendes em 27/12/2006
Código do texto: T329555