O muro espelho

Maldita briga

Entre mim e meu oposto

Infeliz, porque vi

Uma palavra minha cortar teu rosto

E a necessidade de calar veio

Ou continuar a falar,

E te cortar

Ou me dividir pelo meio

A resposta era óbvia

Me tornei metade

Revoltada, encarando o espelho

Enquanto do outro lado,

Teu corte me sorria vermelho

Uma a uma caíam as folhas

Das árvores-sentimento que morreram

Entenda, não fui eu que escolhi as escolhas,

Elas me escolheram

Sim, meu bem, doeu

Cada tijolo deste muro que construí

Doeu abrir os olhos e perceber

Que nunca te senti.

Unilson Mangini
Enviado por Unilson Mangini em 11/01/2007
Código do texto: T343140