PEDINDO ARREGO

Não adianta contar carneirinhos, repassar a vida,

Recordar o passado, quando o sono simplesmente

Não chegam, as horas passeiam rápidas,

Até que o dia amanhece novamente...

Não adianta relembrar canções de ninar gente grande,

Não adianta debater-me entre os lençóis,

Os ponteiros do relógio insistentemente giram

Sem que eu tenha tempo sequer para despertar,

Pois se ainda não dormi!

Os olhos pedem descanso, o corpo se diz cansado,

Mas a responsabilidade é tanta que às vezes até sinto medo,

Um medo de não dar conta se essa conta só aumenta,

Até as horas do dia parecem me dominar...

E quando declina a tarde e o astro rei vai dormir

Espero chegar à noite, mas logo esta chega ao fim.

Começa tudo de novo e eu continuo aqui.