O rei dos reis

O rei dos reis foi

cuspido numa

das ruas da cidade.

Antes, filho do criador,

agora vive de lixo

que os outros jogam.

O seu novo manto

é um velho cobertor

rasgado e fedido,

sua coroa um boné velho

e seu trono é um banco

de praça pública.

Nothung e Excalibur são

nomes distantes, perdidos

nas névoas que cobrem

todas as suas lembranças.

Todo ele é neblina e fumaça,

filho do nada, jogado no vazio

da imensidade urbana.

Daniel Tomaz Wachowicz
Enviado por Daniel Tomaz Wachowicz em 17/03/2012
Reeditado em 05/08/2012
Código do texto: T3559317
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