FIO CONDUTOR.

Pelo fio condutor de minha amargura

A fragmentação de tua identidade

Uma manta de retalhos de ilusões

Na dormência de pequenas verdades

O castelo inexistente do que foi dito

Guarda em seu calabouço decepções

Onde padece minha transcendência

Nos instantes de teu tempo irreal

Minhas horas nunca foram factícias

Laterígrado desse insipiente momento

Fito o espectro de minha esperança

E pressinto natimorto tal amanhã

Onde residem minhas pretensões

Hoje inala e emana apenas incerteza

Como eram tolas minhas observações

Mas mais cálido é o abrangente destino

Diminuindo meus incautos espaços

Subtraindo minhas frugais dimensões

Pela insustentável abrangência desse ser

Que transpiro por todos meus poros

Mesmo sendo fugaz em ti minha presença

Absorvo o impacto de minha pequenez

Para quem sabe crescer em meu hoje

O ontem passou e o amanhã não sei

Dentro dessa incógnita ampulheta

Esperarei que as coisas fluam naturais

E assim quem sabe encontrarei meu cais

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Leilson Leão
Enviado por Leilson Leão em 18/05/2012
Código do texto: T3675044
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