DESENCANTO

Sangra a face da memória incauta

E sorve seu veneno o presente trôpego

E só mesmo o tempo tem como terapeuta

Conquanto no futuro esteja o seu apego

Chora o futuro pela atitude do passado

Engendrado no que deveria ou não fazer

Tem em mente todo o passado repassado

Mas ante ao espelho não tem nada a dizer

Sofre os ideais em si circunspectos

E as idéias pelas horas carcomidas

Na velha história em todos os aspectos

E os momentos das horas destemidas

Cala-se a verdade em meio à hipocrisia

E agiganta-se o antro da mediocridade

Meu sonho hoje é uma casa só e vazia

Onde o amor vê morrer sua liberdade

Morre a esperança a cada novo instante

No delírio dessa vã sensibilidade

Onde no coração o mais importante

É a entrega de quem ama de verdade

www.recantodaletra.com.br/autores/leilson

Leilson Leão
Enviado por Leilson Leão em 28/05/2012
Código do texto: T3693185
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.