O SOL CHEGA E VOCÊ VAI EMBORA

Você só me procura

Quando algo está doente

Seja sua vida ou amargura

Que encontra constantemente

Me pede socorro

E chama o meu nome

Mas assim que o sol brilha

Você simplesmente some

Divide sempre comigo

As migalhas de sua dor

Suas lagrimas de sangue

Seu ódio, seu rancor

Desfaz seus próprios planos

Se preocupa com seu umbigo

E sempre que melhora

Esquece que estive contigo

Não se importa se estou bem

Nem como estou caminhando

Só que amanhã você vem

Mais uma vez me chamando

Eu sou o seu abrigo

Eu sou o seu diário

Eu sou o seu amigo

Eu sou o seu confessionário

Eu sou a sua panaceia

Eu sou o seu ombro

Eu sou quem lhe tira

Do meio de seus escombros

Já carreguei tanto fardo

Fiz de tudo pelo seu sorriso

E quando olho no horizonte

Consigo te ver partindo

Sem adeus ou até logo

Sem um simples tchau

Mas sei que um dia tu voltas

Basta apenas ficar mal

Vai se lembrar de meu nome

E de todos os meus contatos

Quando todas suas portas

Terem como pingentes, cadeados

Agirás como se nada

Tivesse acontecido

E só então perceberás

Que eu ainda estou vivo

Eu sou o seu abrigo

Eu sou o seu diário

Eu sou o seu amigo

Eu sou o seu confessionário

Eu sou a sua panaceia

Eu sou o seu ombro

Eu sou quem lhe tira

Do meio de seus escombros