DESILUSÃO COM A POETISA (Parte I)

Nem mesmo a suavizante brisa

Que o mais corrosivo sol ameniza

Consegue a reversão do humor

Atenuando o furor

De certa poetisa.

O mundo, em dois ela divide:

Contra uma banda ela colide

Na outra ela está só

Litigando sempre e sem dó

Atacando e fazendo revide.

Campo de guerra é o cenário

Definido no imaginário

Desta singular criatura

Que em momentos raros de ternura

É favo de mel. Só doçura.

Fosse menos encrespada

A poetisa admirada,

Alvo de amor se tornaria,

Mas na desmedida teimosia

Nunca está desarmada.

Alfredo Duarte de Alencar
Enviado por Alfredo Duarte de Alencar em 04/07/2012
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