São Paulo, 2005

E quando a vida te manda por razões bestiais amar aquela pela qual nutriste pena

E as cordas vocais em nó górdio não conseguem vibrar palavras de amor

E o tempo se torna a bola de concreto que te puxa pra baixo?

É neste momento em que se abaixa a cabeça e, sem que se perceba, uma lagrima de arrependimento cai e a boca insiste em lamentar o desastre do presente.

É nesse momento em que se resolve cobrir-se de ilusão e dar uma chance ao tempo,

Na esperança da chegada, daquela que não veio, no mais incerto futuro.

Helena de Castro
Enviado por Helena de Castro em 27/07/2012
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