VELEIDADE VELADA.

Tenho ojeriza a esse pensar pernóstico

Que vive no limbo das superficialidades

Superfície de sua própria profundidade

No fluxo das novidades ambulantes

No refluxo do antro das iniqüidades

Perdida no inelutável inconformismo

Não esgrimindo o verso de seu reverso

Presa a indissolubilidade das pulsações

Nos momentâneos prazeres cotidianos

Atrelados as preposições do silogismo

Inflexível ante o empirismo do vazio

Pelo antagonismo figurativo e abstrato

Exímios em mascarar o que de fato se é

Na ascendência em si mesma atinente

O alvedrio deturpado da falsa liberdade

No suplício das horas párias e diluídas

Nessa não vedada veleidade velada

Onde nada é o que aparenta e ressoa

Mesmo a orfandade de sua fatuidade

Ministradas em gotas de puro placebo

Pois a cura está na temporalidade real

E não na frialdade intempestiva e densa

Marcada na face de um engano infantil

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Leilson Leão
Enviado por Leilson Leão em 24/08/2012
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