INTRÍNSECOS ESPAÇOS

Não desejo assumir uma atitude objurgatória

Pois libertando é que se conhece quem se é

Analisando a efígie da realidade não aparente

Nada balbucie apenas fale pelo silêncio do olhar

E assim saberei o que é contraproducente em nós

Para distinguir tudo o que seja então ambivalente

Hoje delineio o relevo volúvel da personalidade

Separando-a e intercalando-a prudentemente

Para delimitar o que remeta ou não ao pictural

Não desejo ser conivente com o conveniente

Nem flertar com o inconveniente e perfunctório

E assim tornar-me um observatório do fictício

Sufocado pelo falso autodidatismo da paixão

Desejo o palpável o real sem essas dicotomias

Pois o que se pode abarcar vence as distâncias

Aonde o imponderável precipita-se em mim

No precipício das angustias interiorizadas

Nas vagas intempestivas do mar das vaidades

Procuro o ensandecido sentimento do toque

E vejo em minhas palavras vazias apenas acismo

Delimitado pelas circunstâncias circunscritas

Na intersecção de nossos intrínsecos espaços

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Leilson Leão
Enviado por Leilson Leão em 10/09/2012
Código do texto: T3874665
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