DESALENTO

Em silêncio proponho-me a ficar

E nesses olhos que teimam em dizer

Por onde anda aquele olhar

Fico pensando como fui me esquecer

Quando envolvia-me em desalento

Em pensamentos a recordar

E a boca seca de sofrimento

Pus-me em tuas mãos o doce amar

Em mãos incertas de desejos

Vão-se os sonhos pelos cantos em versos

Vão em versos os choros em latejos

Vão em ti os beijos dispersos

Pobrezinho dos pássaros que em segredos

Não sabem ao menos a dor do cantar

Ai quem dera viesses cantar em alvoredos

Se minh’alma ficasse súbita à desvairar

(POR PAULO RICARDO)

Paulo Ricardo Silva
Enviado por Paulo Ricardo Silva em 22/09/2012
Reeditado em 23/09/2012
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