INDAGAÇÕES
Caminho inseguro...
Tateio no escuro...
A mão que eu procuro...
Onde estará?
Sinto-me frustrado,
Imerso em pecado...
Da vida, desencantado...
De mim, o que será?
No túnel do tempo,
Açoita-me um vento
Uivante, cinzento...
Quem me aquecerá?
O mal que eu causei...
A dor que eu provoquei...
O ódio que eu semeei...
Quem esquecerá?
Meu coração vazio...
Meus olhos sem brilho...
Meu caminhar sombrio...
Onde me levará?
Sem saber por onde ir,
Sinto meu corpo cair...
Se socorro eu pedir ...
Quem me ouvirá?
Pessoas passam correndo,
Não ouvem o que estou dizendo...
Não sabem que eu estou morrendo...
Quem me salvará?
A chorar, então, me pego,
Pois descubro que fui cego...
Tive uma vida - não nego! -
E não aprendi a amar!
Alexandre Brito - 22/10/2012