MÁSCARAS

Estou cansado de baldes vazios

Negando-se a semente com alças disformes

Mas ecoando o vento tal qual ogro

Perambulando sem ritmo e corpo.

Estou cansado de falsas virtudes,

Frágeis a mínima vidraça,

Tão fáceis de se ver trincadas

Mas ainda assim, perolizadas.

Estou cansado, farto, nauseabundo,

Por essas máscaras penduradas

Tão pródigas, finas e sábias

Que apontam o dedo e dispara.

Estou cansado do homem vazio

Insultando publicamente a verdade,

Fingindo superioridade

Mas inseguros de si...

Sem alarde.

Gilberto de Carvalho
Enviado por Gilberto de Carvalho em 03/11/2012
Reeditado em 03/11/2012
Código do texto: T3966690
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