O FIM

Por tua causa me fiz jardim

para enfim me polinizar

Por tua causa eu sou poente

um indigente de botequim

Por tua causa fiz folhetim

com alma e gim de amor-palavra

Por tua causa ando arredio

vôo sombrio de zepelim

Mas eis as armas

de minha defesa:

silêncio, exílio e sutileza.

O teu quebranto, a dor sem-fim

me elimina, espadachim.

Sempre acuados por “não” e “sim”

resta a recusa de ver o fim.

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Fábio Mozart
Enviado por Fábio Mozart em 06/11/2012
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