Sumiço da virada
Percorro as ruas desertas
com uma certeza incerta.
Procuro por ti em todo canto
tentando segurar meu pranto.
Tu deverias ter ficado ali!
Deverias ter me esperado.
Porque preferes assim partir
a ter-me do meu lado?
E o badalar dos ponteiros
marcou a minha derrota
sem saber o paradeiro
de quem mais me importa.
A consciência me acusa
e acusa a ti meu ego.
Não sei se peço desculpas
ou se simplesmente te nego!
Virei o ano sem saber o meu futuro,
nem ao menos sabia onde estava
a quem este poema juro.
Se soubesses somente isto,
o quanto eu por ti chorava,
querias comigo compromisso.