SILÊNCIO COVARDE


Condenas meu silêncio,
Este sigilo das manhãs
Estampado em meus atos,
Mas me negas teus lábios
O qual anseio que toque os meus
Em um beijo casual.
Condenas meu olhar que contem um segredo
Promulgado por tuas ações frígidas
Quando não percebes que vivo ao teu lado
Ansiando que o silêncio quebre-se na aurora.
Condenas minha alma, cumplice fiel,
Que compartilha de minha eterna dor
Ante a teu antagonismo ao meu amor.
Este silêncio que me condena
Também me ensina a viver nesta dor,
E introspectivo liberta minha alma
Que você nunca amou.
Este silêncio covarde
Que protege minha vida, minha alma,
Da ausência de um amor aventureiro,
De uma dor que queima e que arde,
Não será incontínuo em prol
De quem nunca me amou.
Este silêncio covarde que acompanha
Meu corpo, minha alma em brasa viva,
Não será refém de quem só quer a dor.

Léo Pajeú Léo Bargom Leonires
Enviado por Léo Pajeú Léo Bargom Leonires em 13/03/2013
Reeditado em 13/05/2013
Código do texto: T4186827
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