Em Chamas (2012)

Não consigo dormir

eu me lembro do sorriso

dos risos e dos beijos

e não consigo sorrir

De todos os desejos

eu queria reviver

aqueles dias selvagens

estar aí, junto de ti

E o meu rito de passagem

é ficar acordado, escrevendo

versos que ninguém vai ler

enquanto saboreio este veneno

Engolindo seco a amargura

pela secura da garganta

um sofrimento cáustico

a lágrima sulfúrica

Eu vejo o teto pegar fogo

e as paredes já estão em chamas

Deus! É isso que ela está fazendo:

me matando enquanto estou vivendo!

E quando volto ao limbo, deito em meu leito

cuspido e escarrado, de cabeça erguida

minha única posse por direito

são estas lágrimas malditas...

Vinícius Risério Custódio
Enviado por Vinícius Risério Custódio em 14/03/2013
Reeditado em 14/03/2013
Código do texto: T4187332
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