VERSOS DE UM CANALHA

VERSOS DE UM CANALHA

As magoas refluem desse organismo, lobregam minha lucidez

Na ânsia de ouvir-te, de falar-te entre sorrisos de tristezas,...

Socorro-me nas ecléticas estradas compridas de atalhos de cruezas,...

E vôo no que penso, nas luzes horizontais aonde a vida é estupidez

Esmiúço cada miudeza de uma gama de insignificância

E apreendo essa distancia e vejo que é-nos sem importância.

A que tipo de caos chegamos! Aproximamo-nos do amor?

Porque minhas palavras surdas são jogadas no ventilador?!

Respiro pela garganta, e asfixio-me nas vozes dos meus avejões,...

Regurgito as cartas que o Parkinson emperrou para não escrever

E combato o Alzheimer com um destemor que é para não te esquecer.

No seio das minhas entranhas há soldados armados de canhões...

Querem roer as espinhas das piranhas com os espinhos do meu palato

Saborear o sangue coalho de empatias absortas pela aleivosia,...

Donde alimentar-se-á da saliva de cascavel,... Antídoto mais barato

Para quem rasteja na humilhação de unanimidades em nostalgia.

Meu ego está no pelourinho, e nas amarguras dos meus poemas

Dorme na bonança do sofrimento que é a delicadeza dos meus sistemas

E essa supressão de privilégios abolicionistas é um aprendizado de vida

Visto que a felicidade é deseducada para uma elevação querida.

Meus sonambulismos quis deslindar outros regozijos vulgares

Olvidou de proferir com o olhar,... E nessa paranóia mutante,...

Desaprendeu a dizer, te amo, ajoelhei-me numa frustração gigante

E hoje beijo os teus lábios,... Em bocas à disposição nos bares.

CHICO DE ARRUDA.

CHICO BEZERRA
Enviado por CHICO BEZERRA em 21/03/2013
Código do texto: T4199773
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