INSTINTIVO

O instinto que me habita

É sempre assim

Grosseria faz parte de mim

O instinto que me habita

Não possui lealdade

Sofrimento e dor vomitam;

São da minha infidelidade

Com o instinto que me habita

Sinto raiva, muito ódio

E nenhuma alegria;

Uma inversa epifania

Este instinto que me habita

É grotesco e monstruoso

Não por ser animal; não é

É assassino serial

Tal o instinto que me habita

Prisão inclemente e impiedosa

Miséria desta vida

Condição desmerecida

O instinto que nos habita

Faz-nos usar a quem amamos

E amar o que usamos

Mas isto não enxergamos

Fala: - trago paz, felicidade -

Mas tudo é aparência

Pois injustiça é violência

E sangue pela cidade

O instinto que nos agita

Seduz-nos, puxa, grita

Incomoda sem cessar

E começamos a fraquejar

O instinto que nos habita

De aparência tão bonita

Mas dentro deste caixão

Tudo está em putrefação

A maneira de prostrar

Este instinto tão algoz

É morrermos para nós

Decisão para tomar

Morre, morte maldita!

Ou malditos somos nós

Com este instinto tão atroz?

ANDERSON MARCELO MACEDA

ammaceda
Enviado por ammaceda em 20/04/2013
Reeditado em 20/04/2013
Código do texto: T4250794
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