UM VERSO QUALQUER

Sou nota perdida,

numa triste canção.

Sou lembrança esquecida,

no fundo de algum coração.

Sou flor, a morrer,

num canto, qualquer, de jardim.

Sou o tempo a correr,

sem ter um tempo pra mim.

Sou aquele que espera,

alguém que não vai chegar.

Sou verão, primavera,

dependo de hora e lugar.

Sou, do mar, calmaria,

nenhuma sereia me quer.

Sou solidão, poesia,

escravo de um verso qualquer.

Téo Diniz
Enviado por Téo Diniz em 15/07/2013
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