Teu Nome

Eu já esqueci teu nome,

e do teu cheiro já nem me lembro mais.

Deixei cair com a lágrima (a última)

em algum canto da estrada

sem fim, perdida e mal iluminada

por uma réstia rutila de lua

rasgando o céu semi-encoberto de nuvens gris.

Eu já esqueci o gosto

da tua língua lâmina a cravar-me o peito,

dilacerando a minha alma,

eu já nem me lembro mais.

Caiu no mar cáspio, no ultimo grito soluçado

em meio às tormentas e vagalhões sem fim

dos devaneios incansáveis do teu eu.

Já nem me lembro mais

teu nome.