Sensível Batráquio.
 
 
26set2013
 



Quando te conheci, pensei...
Por fim, a musa! Ah, encontrei!
Mas a porta aberta na ida
Não era a entrada era saída...
Eu, então fiquei nu, no frio, só.
Na alameda, na avenida,
Num ermo sem jardim...
Sem nada!
Buscando por Margarida
Quem pensou fosse uma flor
E na verdade era urtiga.
Pobre de mim, sensível,
Quimera dum ogro horrível.
Na verdade um ledo engano
Ao fitar-me no espelho
Eu sim era o temível...
Pensei fosse um príncipe,
Era apenas um sapo. Um sapo.
A porta continua aberta
Mas a rua agora deserta
Estende o convite a outros
Vindos sabe lá, de onde...
Dos píncaros, dos calabouços...
De alguma lagoa, de algum charco,
Do temporal... Duma poça d’água
Coaxando, coaxando, coaxando... 
 
 
Adonis Yehrow
Enviado por Adonis Yehrow em 26/09/2013
Código do texto: T4498667
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