OFUSCADAMENTE

Tudo o que escrevo agora

Parece ter uma gota de sangue

Escorrendo por entre as palavras

Que planto angustiosamente no papel...

O amor esvaiu-se por entre as frestas

Da janela daquele sonho tão

Bom que eu possuía lá

Bem pouco tempo atrás...

A alegria despediu-se de mim

E não me disse quando retorna,

Apenas acenou o seu lenço,

Partindo sem rumo e sem direção

E deixou ofuscadamente que só

Volta quando o vento mudar de direção

Mais isso pode demorar muito,

Tempo suficiente para matar-me

Da mais bela e pura decepção.

Aires José Pereira é mineiro de Salinas, poeta por gosto e por pirraça que acredita nas palavras transformadoras de homens e de espaços. Possui 12 livros editados e vários artigos publicados em eventos científicos e Revistas de Geografia. É licenciado e Especializado em Geografia pela UFMT, Mestre em Planejamento Urbano pela FAU-UnB, Doutor em Geografia Urbana pela UFU. É Prof. Adjunto A do colegiado de Geografia do Campus Universitário de Araguaína - UFT; Membro efetivo da Academia de Letras de Araguaína e Norte Tocantinense; Pesquisador do NURBA e coautor do Hino Oficial de Rondonópolis - MT.

Aires José Pereira
Enviado por Aires José Pereira em 20/11/2013
Reeditado em 23/02/2015
Código do texto: T4578381
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