Cinzas que voam sem se ver

E quando o fogo que ardia não se vê?

E quando é ferida que doí e se sente?

Um descontentamento contente?

Uma dor que desatina a doer?

É um não querer e não mais querer.

É um andar acompanhado entre a solidão.

É nunca contentar-se de descontente.

É um cuidar que se perde por mais que se dê.

É querer estar livre mesmo preso.

É servir a quem vence o perdedor.

É ter de quem amamos a morte.

Mas como causar pode seu favor

Nos corações humanos solidão?

Se tão contrário a si mesmo é o (que sobrou do) amor?

Brunno Andrade
Enviado por Brunno Andrade em 07/12/2013
Reeditado em 11/01/2014
Código do texto: T4601863
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