SOU INVENÇÃO
Paro pra pensar
E de repente
Me encontro perdida
Na confusão
Do meu pensamento
Tenho muitas perguntas
E nenhuma resposta
E persistem lembranças
De dias inacabados
Na rua
Pessoas diferentes
Que caminham
Em várias direções
Se esbarram
Se comprimem
Na multidão
Há caminhos demais
Estranhos, confusos
Olho ao redor
E entonteço
Sou invisível
Sou esquecida
Sou invenção
De minhas palavras
Me desespero
Me lanço no infortúnio
De acreditar
Que sou diferente
Ah! Se eu ao menos soubesse
Como sentir o belo da vida
Mas meu coração
Se faz mudo e triste
Delira... e nessa demência
Tranco-me
Em um profundo silêncio
Sou verdade mentirosa
Sou forte fragilidade
Sou esperança cansada
Sou invenção
De minhas palavras