AS TEMPESTADES

Eu vi meu sonho desmoronar.

Então resisti em pé

Permaneci rocha...

Eu vi minha juventude naufragar.

Vi a agonia inundar

Meus vinte anos.

Foi assim que eu aprendi a nadar

A brincar com profundidades.

Eu vi a tempestade desabar

Em uma solidão glacial

Monumental solidão.

Então caminhei pelas fronteiras

Do abandono...

Onde homens tornam-se ontens.

Eu escrevi meus versos

Sobre a loucura

Dos meus temporais.

Jairo Montteiro
Enviado por Jairo Montteiro em 21/04/2014
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