Distância

Morre-se de medo, morre-se aos poucos...

Dantes e amargo, melancólico e vibrante...

Tênue linha em cm, m, km que percorre rochedos e se morre...

E se desagua em lágrimas...

Morre-se no anseio da vontade...

Opaco frio, metódico que se torna indiferente a cada km...

Invejo os pássaros que voam sem cansar, que de delírio e de bater de asas se vão...

Vão aonde suas aspirações lhes levam...

A lua que brilha e se faz vista em todos os cantos e lugares...

E o mar que em pranto se debate sobre as austeras rochas...