Saudades do meu caos

Carrego a espada da contestação

há tanto tempo

que já nem sei como é

que se acredita

nesse turbilhão

de existências

chamado humanidade.

Pungido como uma onça

que é cutucada com vara curta,

sinto-me como Eros, o deus do amor.

Um deus primordial,

responsável pela transformação

do caos em cosmos.

Ou seria o contrário?

Estufo o peito e largo

meus braços ao vento.

Ventania que traga de volta

a minha consciência.

Ou se não puder fazê-lo

que me dê de volta,

ao menos, o meu caos.

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)
Enviado por Mauricio Duarte (Divyam Anuragi) em 09/07/2014
Código do texto: T4875563
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