Lar dos Ossos
Em minha vida entreguei-me a amores sutis
E por todas as simplicidades da vida me apaixonei,
Até que minha caminhada me trouxe aqui,
Onde o mar é seco, o ar é enxofre, e o demo é rei...
Aqui não há mais do que uma feiura,
Cuja formosura encanta,
Nem mais do que uma beleza,
Cuja frieza disfarça no sofrimento...
Sofrimento daqueles que amaram tudo que veio da carne
E que deglutiram os sentimentos mais vivos e incandescentes,
Que na vida se mostram tão desejosos e saborosos...
Eis que realmente sofro por ter amado o que não devia,
Da carne que me prendia e veio como ninfas do gelo quente
Que me seduziram, e me sucumbiram ao lar dos ossos...