Epílogo

E tudo desfez-se.

Como em uma câmera lenta,

Ela vê cacos de sua vida

Voando.

Suspensos no ar,

Com destino certo:

Teu peito!

Ele, sangra;

Ela, também.

Ambos retalhados em mil,

Pela faca afiada

Da língua.

Ele, esgueira-se

No vão do espanto:

"Nós", não mais existimos!

Porta escancarada!

Há um silêncio sepulcral,

Não há mais sangue,

Apenas lágrimas.

Ela,

Senta-se em seu velho e poido sofá,

Onde, encolhida e entorpecida,

Murmura frases desconexas.

Regorgitando suas dores.

Então, experimenta um sentimento novo

E libertador:

Alivio!

E dá-se conta,

Acabou!

Finalmente... Acabou!

naluz
Enviado por naluz em 28/09/2014
Reeditado em 02/10/2014
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