Epílogo
E tudo desfez-se.
Como em uma câmera lenta,
Ela vê cacos de sua vida
Voando.
Suspensos no ar,
Com destino certo:
Teu peito!
Ele, sangra;
Ela, também.
Ambos retalhados em mil,
Pela faca afiada
Da língua.
Ele, esgueira-se
No vão do espanto:
"Nós", não mais existimos!
Porta escancarada!
Há um silêncio sepulcral,
Não há mais sangue,
Apenas lágrimas.
Ela,
Senta-se em seu velho e poido sofá,
Onde, encolhida e entorpecida,
Murmura frases desconexas.
Regorgitando suas dores.
Então, experimenta um sentimento novo
E libertador:
Alivio!
E dá-se conta,
Acabou!
Finalmente... Acabou!