Solidão de memórias.

Já não quero a repetição de um longo amor,

de palavras sábias o doce sabor,

do teu jardim, coração belo e suave,

com rosas e orquídeas exóticas e intocáveis.

Vê-de que as palavras me cortam

que o silêncio é navalha

que no fio da meada ainda encontro

o que não era real...

Mas deito-me no silêncio do teu peito,

Me refaço, nos lábios que tremiam,

ainda penso sobre o respeito,

e tu me abraçava...

E o samba ainda toca em mente,

reluzente se forma imagem,

tentando resistir inocente,

a tua face... aos teus olhos... a ti...

Resolve-se que não pode

entrega-se em vão

depois descobre-se

torna a solidão.