SUICÍDIO
No início apenas pingos,
Gotas cristalinas da mais pura água,
Da água que vem de dentro
E que banha todo o meu sentimento.
Depois vai aumentando,
A quantidade é cada vez mais intensa
E, quando se faz notar,
Percebo que há um rio.
Não, há um mar.
E não é doce nem salgado,
Este mar é amargo.
E não é azul, tampouco claro.
É de uma coloração forte...
O líquido é avermelhado.
E estou sendo arrastada pela correnteza,
Sendo tragada por um redemoinho,
O qual eu mesma criei com o líquido que caia dos meus olhos,
Mas que provinha do meu coração,
Que fora ferido por um ser cruel
Que para comigo não teve compaixão.
E agora preciso lutar par asobreviver,
Para não me afogar.
Mas já não tenho forças para me salvar,
E o único alguém que poderia me ajudar
É o mesmo responsável por eu aqui estar.