Coração sem juízo
Como eu queria ter o poder para domá-lo
Manter as rédeas curtas em minha mão,
Sei das peripécias deste de quem eu falo
Pois me refiro a meu abobalhado coração.
Eu já tentei por muitas vezes não soltá-lo
Manter amarrado dentro do peito o alazão,
Mas como posso estando sem forças calá-lo
Se deixo sempre falar mais alto a emoção?
Como pode viver assim apenas de quimeras
Ano após ano e entre as tantas primaveras
Sem desfrutar dos perfumes de suas flores,
Escondendo dentro de si os olhares risonhos
Assistindo morrer aos poucos todos os sonhos,
Deixando-se enganar por meus falsos amores.