Tributo aos amantes desventurados
Parece-lhe que sugam a alma fora
Em trejeito lento e sem alento
À espreita dum passo desatento
A levar de vez teu eu todo embora?
Ora, não padeces só.
Nesta diabrura poetas choram,
Poetas moram.
Estas lástimas dela afloram.
Diabrura de codinome
Cão dos infernos.
Mais rigorosa que quaisquer invernos,
Corações são dela subalternos.
Decreto impudor,
Meu bem,
Exponho-lhe o amor.