Que Pensas?
Que pensas quando me fitas
Com esses olhos
Interrogativos e convictos
Frágeis e bélicos
Repletos e ressequidos?
Que pensas
Quando desvias esses olhos-de-mistérios
Da beleza que se faz luminosa?
Pensais que não tens méritos
Para contemplá-la e sentí-la?
Ou pensas
Que se trata de uma beleza inútil
E que virão belezas mais belas e luminosas?
Diga-me, suplico.
Que pensas?
Quando fico eu inerte ao ver-te?
Quando fico eu a revirar as tuas coisas em busca da atenção?
Quando fico fico eu a revirar as minhas coisas em busca de ti?
Te pergunto, pois estás sempre comigo
Fingindo a minha inexistência
Estás ao meu lado, não sei pra quê...
Estás a esvaziar a sua vaga
E logo estás a me hipnotizar novamente com seus enigmas
Sinceramente,
Me perco cada vez
Que tento buscar os porquês...
Os porquês de você ter aparecido
Na minha vida.
Por isso, continuo a perguntar-te...
Que pensas?