SOBRE AS PEDRAS
SOBRE AS PEDRAS
Hoje a caneta gráfica da espera
Dos idos versos despedaçados...
Na pele da guerra, enlutados,
Deformados...
O beijo rejeitado no canto,
Um gemido,
O espelho trincado...
Nas cordas de um violão desafinado.
O toque da música na face da lua,
Noite escura, na janela do amor...
Eras o poema, o encanto, o prelúdio,
O pronome em minha alma contido...
O brio no lacrimejar dos olhos,
O meu verso colorido.
Mas assim como o fim e o início,
Seguram as mãos num edifício,
A luz e a escuridão num coro uníssono,
Dividem os céus na imensidão,
Tu foste minha lágrima e meu riso,
O espinho e a cura na redenção...
O cálice do vinho tinto,
Na dor do coração...
As marcas na linha do tempo...
O eco devolvido.
Poesia Marisa Zenatte
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