PERDIDA

Sinto-me estrangeira,

Sem eira nem beira

Num mundo que não é meu...

Sou uma intrusa sem lar

Desde o ventre que me renegou,

Desde quando caminho,

Antes das luzes

Quando ainda sombras a pairar

Por esse deserto sozinha...

Sob meu sorriso espinhos

Cravados e mantidos

A ferro e fogo...

Ninguém enxerga de mim

Minhas dores, meu abismo...

Não sou santa nem demônio,

Apenas uma andarilha do tempo

A procura de um recanto seguro

Onde as vezes eu possa descansar

Minhas chagas, minhas faltas,minhas mágoas

E assim poder esquecer

E estancar minha sangria.

(Faz parte do livro meu livro "Solitariedades")

Mônicka Christi
Enviado por Mônicka Christi em 19/06/2007
Reeditado em 12/07/2008
Código do texto: T532869
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