Acaricio a dor da poesia

Acaricio a dor da poesia,

toda palavra a implodir-me o céu;

Doce verão, amor em galhardia

- mera estiagem às dunas de um cordel -.

Fosse a dor finda toda quando o raiar do dia,

seria o pôr do sol maior do que o pincel?

Eu custo acreditar no que o amor fazia,

como dos barcos, sonhos de papel.