Sobrevivência e morte

Quanto tempo se passou desde a hecatombe

Lembro que não sobrou nada em meu peito

Tentei encontrar vida meio aos escombros

Ou mesmo um respiro agonizante por uma fresta

A cada pedra que arrancava dos entulhos

Aumentava ainda mais a minha esperança

Lutava pra continuar desperto e senil

Com a perseverança e paciência de uma criança

Todo esse tempo e ainda imagino a imagem

Meio distorcida pela minha fraca memória

Mas ainda existente nas profundezas da dor

Aquela maneira estúpida de amor

Naquele momento só pensava em ti

De tudo que ainda poderíamos viver

Deixaste o tempo corroer nosso amor

Mesmo sobrevivendo, me deixara morrer

Eduardo Felipe e Evandro Srocha
Enviado por Eduardo Felipe PC em 28/08/2015
Reeditado em 01/09/2015
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