Mas chega a hora que o peito diz: Chega!

Quando eu choro, ela não ouve

Quando eu sofro, ela não nota

Quando eu peço, ela se revolta

Enraivecida pela dor que me consome

Eu escrevi de todas as formas

Eu me expus de todas as maneiras

Mas chega a hora que o peito diz: Chega!

E o vazio, que era grande, se conforma

Se eu morresse hoje, ela não saberia

Se o pranto me invadisse agora

Talvez ela estivesse rindo no exato momento

E o amor, que era grande, se constrange

Apequena-se diante de tantos obstáculos

E se aterra ao descobrir que não pode partilhar