VIDAS SENTENCIADAS
No teu corpo
meu suor se fez lágrima,
Por trás da tua pele
dentro da tua carne,
Um aborto de prazer
atravessava os poros,
Não tinha preço
não tinha nenhum valor,
Era tudo carne
nada mais que isso,
Carne fria
banhada com suor insípido,
Não se misturou com o sal
que escorria no meu corpo,
Com máscara nos olhos
não quiseste ver a guilhotina
Absorver meu último
suspiro.
...
Pedro Matos